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Minicursos

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1) A África enquanto cenário de explorações e pesquisas

Proponente(s): Márcio Mota Pereira

Instituição de origem: UFMG

 

Resumo

Busca-se analisar através deste minicurso as ações realizadas pelas Nações europeias no que tange às explorações científicas e de reconhecimento no interior do continente africano ao longo dos séculos XVIII e XIX. Concentraremos nossa atenção em dois momentos distintos. O primeiro, quando da chamada crise do Antigo Regime na Europa, momento em que o velho mundo vivenciava severa crise e suas Nações viram na exploração de suas colônias no além-mar a oportunidade de reerguerem-se economicamente. O segundo período, comumente chamado de “a partilha da África” e que se desenrola desde meados do século XIX, por sua vez, é representativa pelas intensas atividades de neocolonização no continente. As Nações europeias, desta vez, impulsionadas pela necessidade em abrir e consolidar novos mercados para seus crescentes produtos industriais buscou através da dominação cultural e militar expandir seus territórios, mas, para isso, era necessário que os mesmos fossem plenamente conhecidos.

 

 

2) Mulher negra e sua auto-identidade na vivência cotidiana

Proponente(s): Paula Cristiane Trindade e Antonio Julio Gonçalves

Instituição de origem: UFV

 

Resumo

Nesta instalação a ideia é começar a resgatar a identidade dos participantes através de situações do cotidiano. A concepção de estética e de beleza, o que é belo? Para convergir para aspectos educativos, considerando que tais pressupostos estão diretamente vinculados aos tipos de relação que se efetivarão em suas práticas pedagógicas, desde que estas se incorporem à vivência cotidiana.

 

 

3) A experiência de autoria literária indígena no brasil: das origens à consolidação

Proponente(s): Waniamara de Jesus dos Santos

Instituição de origem: UFOP

 

Resumo

A proposta de minicurso visa a apresentar e refletir sobre a experiência literária de autoria indígena (a partir da década de 1980) que configura novas percepções acerca das realidades indígenas no Brasil e evidencia a construção de novas identidades indígenas. Intimamente relacionada ao processo de educação escolar indígena, sabe-se que a introdução de obras literárias indígenas no espaço de leitura dos não-índios representa o estabelecimento de questionamentos e discussões acerca do lugar da alteridade, da identidade e a questão das estereotipias. Pretende-se expor o panorama histórico da Literatura Indígena, sua possibilidade de existência, as origens, suas características básicas, o processo de desenvolvimento e consolidação ao longo dos 30 anos, bem como a indicação dos principais autores, etnias com maior número de publicações e obras relevantes no contexto atual. E, por fim, pretende-se localizar essa Literatura Indígena no cenário da Literatura Brasileira contemporânea. Problematiza-se o lugar dessa literatura dentro dos cursos de formação de professores, e nos espaços da Escola Regular, em conformidade com a Lei N. 11645/08.

 

 

4) Literatura brasileira na encruzilhada: as múltiplas percepções da(s) autoria(s) negra(s)

Proponente(s): Ricardo Silva Ramos de Souza

Instituição de origem: UNIAFRO - NEABI - UFOP

 

Resumo

No campo das representações a literatura brasileira expõe diversas carências, dentre tantas, podemos afirmar que a de maior atenção diz respeito às representações da(s) personagem(ns) e da autoria(s) negra(s), principalmente quando relacionamos com a proporção ocupada por negras e negros no quantitativo populacional do país. Percebemos o quanto que o cânone literário é homogêneo, com várias restrições em diferentes categorias, tais como sexo, cor, classe, posição geográfica, educacional, profissional (DALCASTAGNÈ, 2013). Com isso, temos uma literatura com juízo de valor que reforça as percepções identitárias desse grupo dominante, legando a negras e negros rara visibilidade ou demonstrações de estereótipos, preconceitos e subalternidade, ou seja, a literatura acaba por refletir as desigualdades raciais e nega a pluralidade racial brasileira. Entretanto, temos desde o final dos anos 1970 acesso a uma produção textual intensa de negras e negros que trazem a inscrição de seus corpos como produtores de discurso, vozes polifônicas que exploram para si novos lugares de interpretação, subjetividades que engendram discursos polissêmicos a partir de experimentações na linguagem tendo a inventividade com a linguagem desorientações e reorientações dos sentidos, agora postos na encruzilhada. Nesse xirê de sentidos que a(s) autoria(s) negra(s) promove(m) tanto poéticas de invenção como de intervenção sociorracial, revisitando fatos históricos e reinterpretando-os sob a ótica dos subalternizados, não descuidando dos apuros verbais, sonoros e visuais do texto. Atuam como afrorrasuras dos estereótipos da população negra no cânone literário, desvelando, por perspectivas diversas e libertárias, diferenças que contestam o caráter unívoco da literatura e da identidade brasileiras, tendo como referencial textos que assumem a diversidade brasileira, assim como da diáspora negra, seus conflitos, contradições e negociações, que fornecem outros olhares para o imaginário nacional. Parte incontornável desse processo é a construção de teorias por esses agentes que abarquem as diferenças da(s) autoria(s) negra(s).

 

 

5) Como trabalhar as relações étnico-raciais na educação infantil

Proponente(s): Fabíola Cristina Santos Costa

Instituição de origem: UMEI - VILA APOLÔNIA

 

Resumo

O objetivo do minicurso é oferecer aos participantes subsídios teóricos e práticos para o trabalho com as relações étnico-raciais na Educação Infantil. O minicurso é importante devido a necessidade de práticas intencionais dos/as professores/as que auxiliem as crianças na construção de suas identidades (dentre elas a étnico-racial) enfatizando que essa construção é um processo e que, enquanto tal, o/a adulto/a pode e deve intervir positivamente. Ou seja, como o processo de construção da identidade sofre constantes reelaborações, as crianças de grupos discriminados e de autoestima negativa, diante de ações afirmativas de valorização do ser negro, têm a oportunidade de reconstruir sua identidade, mediante parâmetros positivos. O minicurso será divido em dois momentos. O primeiro, mais teórico, trará ao conhecimento dos participantes as principais leis e documentos sobre o tema: a lei 10.639/2003, as Diretrizes Curriculares para a Educação das Relações Étnico-raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana (2005), as Orientações e Ações para a Educação das Relações Étnico-raciais (2006) e outros textos básicos para essa discussão na Educação Infantil. O segundo momento terá um caráter mais prático em que os participantes conhecerão algumas das muitas possibilidades de ser trabalhar a temática no dia a dia das salas de aula, com crianças de zero a seis anos. Serão apresentadas sugestões de projetos, festas e eventos, bem como atividades para a sala de aula, fazendo uso da Literatura Infantil, vídeos, filmes, músicas e outros instrumentos de valorização da cultura e da história africana e afro-brasileira.

 

 

6) Educação das relações étnico-raciais no contexto escolar: pensando propostas de intervenções a partir de práticas corporais

Proponente(s): Laura Fernanda Rodrigues da Rocha

Instituição de origem: IFMG - Campus Ouro Preto

 

Resumo

Este minicurso propõe evidenciar a temática das relações étnico-raciais no contexto escolar, à luz da Lei nº 10.639/2003, tendo como público alvo professores(as), pedagogos(as), estudantes e demais interessados(as). Esta proposta se materializa em dois momentos, no primeiro será feita uma contextualização teórica da referida lei, realizando-se também uma relação entre a temática das relações étnico-raciais, o corpo e a cultura corporal de movimento. No segundo momento, os participantes terão a oportunidade de planejarem intervenções pedagógicas contemplando esta temática. Considerando-se a amplitude de práticas corporais a serem trabalhadas no contexto escolar, existe uma rica possibilidade de abordagem da temática étnico-racial ao contemplar este grupo de conteúdos. As danças afro-brasileiras, como o Maracatu e o Congado; os jogos e brincadeiras tradicionais, que podem ser exemplificados com o Mancala; a Capoeira, enquanto cultura afro-brasileira; os diferentes esportes; dentre outras possibilidades, são alguns exemplos que serão abordados neste minicurso. A proposta metodológica consiste em uma explanação teórica, ilustrada com uma apresentação de slides, dialogando também com os participantes, bem como uma dinâmica de grupo para o momento do planejamento pedagógico. Objetiva-se, então, que este minicurso contribua com a formação dos(as) participantes para atuarem no sentido da implementação da Lei nº 10.639/2003, principalmente considerando que as possibilidades culturais e corporais expostas também são importantes para a formação dos sujeitos no contexto escolar. 

 

 

7) Família afro-brasileira

Proponente(s): Débora Cristina Alves e Josimar Duarte Faria

Instituição de origem: UFJF / UFRJ

 

Resumo

A família, pensada enquanto instituição social que precisa se reproduzir, material e simbolicamente, referem-se a um grupo autônomo de pessoas que compartilham valores úteis a sobrevivência, tais como a solidariedade, reciprocidade, cooperação, igualdade, generosidade, parentesco e agregação; construídos culturalmente, historicamente e socialmente em contextos distintos. Em geral, em qualquer época e cultura, os benefícios materiais representados pela existência desse grupo, bem como o papel desempenhado por ele para construção de uma economia doméstica, estão baseados na constituição e manutenção de articulações entre laços biológicos e rituais de parentesco. Os biológicos referem-se aos vínculos construídos segundo a lógica de indivíduos que, por descenderem de um mesmo tronco ancestral, em linha reta (bisavôs, avôs, pais) ou linha colateral (irmãos, tios, primos), compartilham interesses comuns. Tal motivo, que une os genitores aos filhos e os filhos entre si por intermédio dos genitores, é reinterpretado por cada grupo social, dando forma aos vínculos de afinidades fictícias; relativamente ligados às imagens, representações e valores do espaço-tempo ao qual o sujeito se insere. Portanto, o minicurso proposto tem como intuito refletir sobre as diferentes estratégias empregadas pelas famílias afro-brasileiras na obtenção de resultados positivos em suas conquistas pessoais e em conjunto utilizando, para tanto, as alianças, afinidades e ligações formadas em suas distintas composições familiares.

 

 

8) Banto que te conto: elementos das culturas banto na formação da cultura brasileira

Proponente(s): Doris Regina Barros da Silva e Wudson Guilherme de Oliveira

Instituição de origem: IFRJ

 

Resumo

A invisibilidade ou distorção da imagem, história, elementos e práticas culturais dos povos negros, por meio da disseminação de estereótipos através de diversas representações contidas na mídia e outros veículos ainda persistem em nossa sociedade. Para a inversão desse quadro, é necessário o efetivo cumprimento da Lei 10.639/03 que trouxe a obrigatoriedade de inserção dos conhecimentos relativos à cultura africana e afro-brasileira nos currículos escolares, com vistas ao fortalecimento da identidade e autoestima dos estudantes afro-brasileiros e a promoção do respeito à nossa ascendência africana por parte de estudantes não-negros. Entre as diversas etnias africanas trazidas para o Brasil, encontram-se os povos bantos, cuja presença em nosso território deixou um importante legado cultural ainda invisibilizado. A presente proposta de atividade será desenvolvida de forma lúdica, através de exposição dialogada com vistas a uma aproximação com o universo da cultura dos povos Bantos, seguida de momento de elaboração textual individual utilizando vocábulos do idioma Banto e momento de finalização com apresentação coletiva dos textos produzidos.

 

 

9) África na língua: a contribuição africana no português brasileiro

Proponente(s): Luiz César Dias Reis

Instituição de origem: UFOP

 

Resumo

Este minicurso tem como objetivo estabelecer uma relação de proximidade e identificação com as contribuições linguísticas do povo banto na língua portuguesa, sua forma de introdução e a cristalização de jargões e as mais variadas expressões. Como pano de fundo, buscou-se desenvolver um estudo criterioso sobre as relações linguísticas de África e Brasil com a Língua Portuguesa no que é referente à temática em questão. A metodologia desenvolvida foi, no primeiro momento, de análise de cunho bibliográfico acerca entrelaçamento linguístico que é referente à história da cultura Africana e sua interface com a cultura afro-brasileira. Espera-se com este minicurso contribuir com a análise sobre: a África falada no Brasil; seus desdobramentos linguísticos no cotidiano brasileiro e em nossas relações sociais.

 

 

10) Poesia moçambicana: Rui Knopfli e contemporaneidade

Proponente(s): Viviane Mendes de Moraes

Instituição de origem: UFRJ

 

Resumo

Este curso visa, a partir do poeta moçambicano Rui Knopfli, considerado um dos tripés da literatura do país, investigar os caminhos traçados pela poesia contemporânea de Moçambique. Quais caminhos abertos pelo poeta que ecoam na poesia moçambicana atual?

 

 

11) Cultura e mitologia yorubá na sala de aula: uma proposta introdutória

Proponente(s): Arthur José Baptista e Alessandra Pio

Instituição de origem: NEAB - Colégio Pedro II

 

Resumo

O “I Curso de Cultura e Mitologia Yorubá do Colégio Pedro II” foi uma proposta de extensão do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (Neabcp2) pensada para alunos do Ensino Médio e PROEJA em um de seus quinze campi, no Rio de Janeiro. O curso teve como objetivo a ampliação dos conteúdos escolares para adequação às recomendações das diretrizes curriculares que implementam a lei 10.639, no que se refere ao conhecimento e a valorização de saberes tradicionais herdados da cultura de matriz africana trazida para o Brasil ao longo dos vários séculos de formação. Na visão da lei, tais saberes foram legados como herança patrimonial imaterial de todos os brasileiros, descendentes de africanos ou não. Neste sentido, o curso introduziu os alunos no universo cultural dos povos Yorubá resgatando tal herança por meio do estudo de sua mitologia, seu sentido de existência, seus valores civilizacionais, seus princípios de ordenamento de mundo através de suas narrativas míticas de origem e da compreensão do universo, tais como transmitidas por esses povos via tradição oral. Foi justificado pela necessidade de implementação de ações educativas de combate ao racismo e à discriminação por meio da valorização dos saberes tradicionais africanos materializados na cosmovisão Yorubá. Neste minicurso pretendemos mostrar como foi possível assumir essa proposta em uma instituição federal de ensino considerada de elite, com currículo formal eurocentrado que possibilitou, desde seus primórdios, cursos como o de mitologia greco-romana, em detrimento de outras culturas. Iremos apresentar: a proposta do curso aplicado na escola; trajetória do planejamento ao início das aulas; o perfil dos inscritos; metodologia aplicada; possibilidades de desdobramentos e observações para que obtenhamos melhor aproveitamento em outras oportunidades. Partindo da interação entre os propositores e inscritos, pretendemos encorajar mais educadores a superar os obstáculos interpostos pelo sistema na inserção da cultura afro-brasileira e africana no ambiente escolar.

 

 

12) Educação e FIROP: aprendendo na luta construindo para a luta

Proponente(s): José Arlindo Nascimento e Virgínia Alves Carrara

Instituição de origem: UFOP

 

O objetivo central do minicurso - Educação e FIROP: aprendendo na luta construindo para a luta - é refletir e problematizar  a particularidade da luta do movimento social Fórum da Igualdade Racial de Ouro Preto - FIROP – a inclusão dos negros através da educação – que reconhece a educação como a ferramenta necessária para a formação humana, e que a partir desta os sujeitos poderiam ser reconhecidos como cidadãos, contribuindo tanto para uma ascensão social como para a resistência a uma sociedade desigual. Aprofundar o debate sobre saberes sobre a questão do negro na sociedade brasileira e cidadania na luta contra o preconceito e discriminação racial a partir dos resultados da reflexão desenvolvida no Trabalho de Conclusão do Curso de Especialização Política de Promoção da Igualdade Racial na Escola.

 

 

13) Que índio é este? Perspectivas e fronteiras sobre os povos

Proponente(s): Paulo de Tássio Borges da Silva

Instituição de origem: UERJ

 

Resumo

Estabelece uma discussão histórica e antropológica acerca da representação do que é ser índio no cenário Nacional. Com seus interditos, suas negociações e seus agenciamentos.  Neste sentido, será construído um diálogo sobre os Povos Indígenas brasileiros, numa tentativa de entendimento de suas dinâmicas políticas históricas e contemporâneas, em particular o campo educacional.

 

 

14) Máscaras Brancas, Ciência Negra

Proponente(s): Anna M. C. Benite

Instituição de origem: LPEQI/UFG

 

 

A partir da contribuição dos povos africanos e ameríndios para o desenvolvimento da ciência, o minicurso pretende planejar e desenvolver práticas pedagógicas que discutam e ampliem o repertório sobre o continente africano, a fim de recusar estereótipos e construir senso crítico em alunos de Ensino Médio. A lei 10.639/03, que completou10 anos, alterou a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), torna obrigatório o estudo de histórias e de culturas africanas e afro-brasileira e pouco tem sido feito nas aulas de ciências para contemplar a lei.         

1)        Educação antirracista: por uma visão de ciência não branca, masculina, de laboratório e europeia.

2)        Discriminação racial/educação: (re)pensando a identidade étnico-racial do/a educador/a e dos/as educandos/as em salas de aula de ciências.

3)        Políticas de Ação afirmativa e a Lei 10.639/03.

 

 

16) A África na Pedagogia Escolar

Proponente(s): Rosemberg Ferracini

Instituição de origem: USP

 

Baseado na história da disciplina escolar geografia apresentaremos o processo de ensino e aprendizagem referente a África. Apoiado na “perspectiva africanista interna” apresentaremos algumas possibilidades de abordagens da África na Pedagogia e escolar e acadêmica. Tem como objetivos apresentar a importância do povo egípcio como berço da humanidade; discorrer a respeito dos reinos, dinastias e demais impérios na África antes da chegada dos europeus, e como esses estavam distribuídos no território africano; exercitar via os textos a respeito da roedura causada pela Geografia do escravismo baseada na escravidão do braço africano para as Américas e o papel que teve a ciência geográfica na partilha da África, bem como da organização e luta dos povos africanos baseado na perspectiva africana, concluindo com o posicionamento geopolítico regional do continente no cenário mundial atual.

 

 

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