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Grupos de Trabalho

 

Baixe aqui o Cronograma de Apresentação dos GTs

Baixe aqui o Caderno de Resumos

1) MANIFESTAÇÕES CULTURAIS AFRO-BRASILEIRAS: HISTÓRIAS, REPRESENTAÇÕES E RESISTÊNCIAS

Proponente(s): Bruno Rodrigues Pimentel e Juliana da Silva Bragança

Instituição de origem: UERJ

 

Resumo

Levando em consideração as trajetórias dos negros no Brasil, são verificáveis diversas formas de resistência ao longo de nossa história. Estas resistências se deram em diversos campos da sociedade, dentre eles, a cultura e seus inúmeros aspectos – como, por exemplo, a música, a dança, as expressões religiosas, entre outros. Nesse sentido, este GT tem como objetivo reunir pesquisadores das mais diversas áreas que se debrucem sobre objetos de estudo relacionados às diferentes manifestações da cultura afro-brasileira. E mais: temos como objetivo reunir pesquisadores que pensem a cultura enquanto uma forte e importante forma de resistências e de luta dos negros ao longo da história do Brasil. Sendo assim, serão bem-vindas propostas que discorram sobre as múltiplas representações do universo negro, sobretudo no âmbito das práticas culturais e suas relações com os campos sociopolítico e econômico.  Pretende-se, portanto, reunir neste GT trabalhos que utilizem para o desenvolvimento destas abordagens o uso de fontes diversas, e de certa forma inovadoras, com o intuito de enriquecer o diálogo acadêmico em suas novas possibilidades.

 

 

2) SER QUILOMBOLA NO BRASIL CONTEMPORÂNEO: DIREITO ÉTNICO-TERRITORIAL E CONSTITUIÇÃO POLÍTICO-IDENTITÁRIA

Proponente(s): Carolina de Freitas Pereira

Instituição de origem: UFJF

 

Resumo

As reivindicações dos povos negros no Brasil fazem-se sensivelmente perceptíveis em escala nacional na década de 80, momento a partir do qual, mais do que seu valor enquanto ser fundador da entidade nacional (partindo de um pensamento do território nacional enquanto unidade sócio-espacial), a importância dos negros no quadro da diversidade cultural e territorial passa a ser considerada no campo da política de Estado. É importante salientar que isso é resultado tanto das mobilizações do movimento negro quanto de uma conjuntura de estabelecimento e difusão de políticas de caráter multicultural no século XX. A quantidade de Comunidades autoinstituindo-se quilombolas e pleiteando territórios no Brasil, bem como iniciativas com o intuito de pressionar o aparato público a flexibilizar ou, até mesmo, revogar os direitos étnico-territoriais conquistados pelos povos negros (a exemplo da atuação da Bancada Ruralista) demonstram a atualidade do campo de disputas político e semântico em torno da categoria remanescente de quilombo e nos colocam diante da premência de problematizarmos os sujeitos, os desafios e os horizontes que compõem esse contexto. Portanto, o GT se propõe a discutir assuntos como as políticas de reconhecimento cultural e territorial dos povos negros, refletir sobre a constituição política e territorial do Brasil apontando padrões vigentes e rupturas e a pensar o campo de forças que dá conformidade e conteúdo ao ser e estar quilombola, evidenciando possibilidades de abertura para o novo e os vetores de freio.

 

 

3) A HISTÓRIA E CULTURA DOS POVOS INDÍGENAS NA HISTÓRIA ENSINADA: DESAFIOS DAS PRÁTICAS E REFLEXÕES

 

Proponente(s): Leonardo Machado Palhares e Helene Azevedo Paulo de Almeida

Instituição de origem: IFMG - Campus Formiga

 

Resumo

A presença e a importância dos povos indígenas na e para a história brasileira é colocada como questão no processo de formação da nação. As reflexões sobre esta questão estão presentes desde o mito das três raças, defendido desde o século XIX, nas reflexões sobre o povo brasileiro de Carl Friedrich Philipp von Martius, passando pela estudos sobre relação harmônica entre as culturas na década de 1930 e 1940, chegando aos tempos atuais nas reflexões de Manuela Carneiro, Darcy Ribeiro, John Monteiro,  dentre outros pesquisadores, que destacam as tensões entre povos e a conquistas dos direitos, dentre eles o direito à divulgação de suas culturas, histórias e memórias. Mais recentemente, a própria legislação destacou a importância da história e cultura dos povos indígenas para a formação do Brasil e sua obrigatoriedade, a partir da Lei 11.645/08, na educação básica nacional. O GT propõe-se a problematizar estudos produzidos sobre a questão dos índios na história ensinada, com destaque para reflexão sobre identidade local e nacional e que se vislumbra nos estudos da história e da antropologia, no que tange a temática indígena.  Assim os trabalhos, sejam conceituais, teóricos ou pragmáticos, que tenham o indígena como tema e foco serão bem-vindos, desde que vinculados ao ensino de cultura e histórias indígenas. Destacamos que, como questão socialmente viva, a presentificação dessa temática nas aulas de história faz emergir problemas que estão em evidência na sociedade contemporânea, reafirmando que a história construída é fruto das tensões e escolhas de cada época, o que aumenta a importância da temática em tempos como os nossos, marcados pela emergência de práticas tanto de valorização da diversidade como de práticas reacionárias à presença multiétnica e não eurocêntrica na formação do Brasil.

 

 

4) AÇÃO AFIRMATIVA E ENSINO SUPERIOR NO BRASIL: DEBATES, BALANÇOS E PERSPECTIVAS

Proponente(s): Paulo Alberto dos Santos Vieira, Priscila Martins Medeiros e Adilson Pereira dos Santos

Instituição de origem: UNEMAT, UFSCar e UFOP

 

Resumo

Os proponentes do Grupo de Trabalho Ação Afirmativa e Ensino Superior no Brasil: debates, balanços e perspectivas buscam estimular o envio de trabalhos que se dediquem ao estudo das políticas de ação afirmativa que, a partir de 2002 passam a incidir sobre as instituições de ensino superior no Brasil.  Ao longo destes 13 (treze) anos muito se debateu sobre este tema ao tempo em que gerações de jovens e adultos puderam ingressar e concluir com êxito cursos superiores. Parcela destes (ex)estudantes deram continuidade à trajetória profissional ingressando no mercado de trabalho; outra parcela deu continuidade aos estudos em cursos de pós-graduação e já se pode encontrar, entre pesquisadores cadastrados no Conselho Nacional de Pesquisa/Plataforma Lattes, mestres e doutores que foram cotistas em seus respectivos cursos da formação inicial.  Uma década após a implementação de políticas de ação afirmativa em universidades brasileiras, a Lei 12.711/12 determinou que as instituições federais de ensino superior adotem, obrigatoriamente, políticas de ação afirmativa. Ao reservar 50% das vagas dos estabelecimentos federais de ensino superior para estudantes que ingressarão por intermédio de ações afirmativas com recorte sócio-econômico e étnico-racial, admite-se novas configurações para este nível da educação no Brasil. Concomitantemente, se observa que outras instituições de ensino superior, distribuídas pelo território nacional, renovam programas de ação afirmativa.  Este conjunto de iniciativas tem contribuído para modificações tanto dos campi universitários, quanto na forma de produzir conhecimento.  Esperamos reunir neste Grupo de Trabalho contribuições que auxiliem a melhor compreender estas mudanças nos processos de ingresso, permanência e êxito de estudantes nas universidades, que sinalizam para transformações que extrapolam os campi universitários, pois em curso o reconhecimento de direitos para grupos sociais historicamente excluídos e o modo desta sociedade se auto-representar.

 

 

5) A HISTÓRIA EM CONSTRUÇÃO: A MEMÓRIA DOS MORADORES DE VILAS E FAVELAS

Proponente(s): Janete Flor de Maio Fonseca

Instituição de origem: UFOP

 

Resumo

Pretendemos reunir experiências na construção, organização e divulgação da memória dos moradores de Vilas e Favelas. A Memória popular, construída por seus próprios moradores, se constitui num elemento de identidade e mobilização para as lutas cotidianas por moradia, serviços, cidadania, contra o racismo, o preconceito e a gentrificação.

 

 

6) MOVIMENTOS E RELATOS DE ESTUDANTES E COLETIVOS UNIVERSITÁRIOS PRETOS

Proponente(s): Luciano Marques da Silva, Cátia Regina Costa Correia, Carolina Vieira Nascimento da Silva, Mirtes Aparecida dos Santos e Paloma da Silveira da Silva.

Instituição de origem: UFRRJ

 

Resumo

O objetivo do GT MOVIMENTOS E RELATOS DE ESTUDANTES E COLETIVOS UNIVERSITÁRIOS PRETOS é reunir experiências de estudantes e coletivos universitários pretos provocando a sistematização do debate e das demandas de universitários negros que estão organizando o I Encontro Nacional de Estudantes e Coletivos Universitários Negros. O EECUN é um movimento de estudantes pretos em torno das discussões, sistematizações e reivindicações de políticas públicas que atendam às demandas trazidas pela população preta que adentra às universidades do país. O acesso, através das cotas em ações afirmativas, a permanência qualificada, o apoio financeiro a transporte, alimentação, moradia e didático-pedagógico são algumas políticas existentes no país, mas precisam ser potencializadas tendo como perspectiva central a realidade de nossas irmãs e nossos irmãos negros. Por que reivindicamos essa potencialização dessas políticas de permanência? Primeiro porque a graduação destrói a nossa subjetividade enquanto negro, e depois, o país tem uma dívida para conosco e isso se percebe quando, diante de outros alunos brancos, percebemos que nosso capital cultural está repleto de lacunas. Com esse GT, queremos oportunizar um espaço acadêmico cuja centralidade esteja no jovem universitário negro.

 

 

7) RACISMO ESTÉTICO E EDUCAÇÃO: DA IDENTIDADE DO PROFESSOR E DA PROFESSORA NEGRA ÀS IDENTIDADES RACIAIS E DE GÊNERO DO/AS EDUCANDO/AS

Proponente(s): Alessandra Pio e Fabiana de Lima Peixoto

Instituição de origem: NEAB-Colégio Pedro II / UFSB

 

Resumo

A partir da nossa participação no Grupo de Estudos e Pesquisas Intelectuais Negras e do diálogo teórico em torno de como o racismo à brasileira dá forma a práticas educativas excludentes, conforme os estudos de Nilma Lino Gomes (1995), Eliane Cavallero (2003), Sueli Carneiro (2005), Kabengele Munanga (2004), Antonio Sérgio Guimarães (1999), este GT objetiva levantar discussões teórico-metodológicas acerca da corporalidade dos sujeitos envolvidos nas dinâmicas educativas, através de processos que envolvem tanto as identidades raciais de professoras e professores negros quanto o processo de construção de identidades raciais e de gênero dos educandos. Na medida em que a diáspora africana no Brasil se construiu em meio a um ideal de branqueamento, que acabou por criar uma espécie de racismo profundamente calcado em características fenotípicas, sobretudo a partir da inferiorização das tonalidades escuras de pele, do cabelo crespo ou carapinha e de outras características físicas consideradas passíveis de serem classificadas, impõe-se a necessidade de um GT destinado a dar centralidade ao corpo negro e ao racismo estético em espaços educativos. Compreendemos, com Cuche (1999), que a cultura é resultado de vivências concretas de visibilidades  na forma de conceber o mundo e que, se percebemos que isso é construído, podemos interferir nesse processo, mudando os resultados. Como, infelizmente, na educação brasileira, o processo de subalternização do corpo da população negra implica também dúvidas acerca do valor das negras e negros enquanto sujeitos cognoscentes e produtores de conhecimento, o/as participantes deste GT trocarão trabalhos acadêmicos, ideias, propostas e projetos educacionais tanto acerca do racismo e de práticas discriminatórias que perpassam a educação e espaços formais e informais quanto dos processos de humanização e construção de identidades raciais e de gênero do/as educadores e educando/as.

 

 

8) IDENTIDADE, LINGUAGEM E LETRAMENTOS: REFLEXÕES SOBRE PRÁTICAS DE REEXISTÊNCIA DAS INDETIDADES NEGRAS

Proponente(s): Fabiana Correia Justo e Eliana Sambo Machado

Instituição de origem: UFOP

 

Resumo

O GT pretende reunir pesquisas/ reflexões que problematizam as linguagens e a formação das identidades negras, compreendendo essa discussão não somente no ensino de Língua Portuguesa, mas também nos diversos espaços de letramentos negros e de discursos sobre o corpo negro presentes na sociedade. Desta forma, este grupo de trabalho relaciona-se às diversas reflexões desenvolvidas no âmbito da linguagem, contemplando algumas temáticas: os modos de dizer dos movimentos sociais negros, as línguas africanas, reexistência e inclusão, identidades sociais e letramentos. Interessa, dessa forma, pensar as micro-reexistências ressignificadas na linguagem, seja na fala, nos gestos, nas roupas, nas ações políticas, culturais e educacionais que legitimam as identidades sociais, principalmente a negra, historicamente marcada por processos de exclusão (Souza, 2009). Em outras palavras, interessa mostrar como, por meio da linguagem entendida como prática social marcada pelas interações verbais (BAKTHIN, 1995), é possível questionar e contrapor a centralidade hegemônica do modelo europeu que constroi mecanismos discriminatórios prejudiciais à inserção de pessoas negras em diversos espaços da vida social. Para tal, cabe trazer para o centro das discussões propostas, alguns estudos sobre as identidades historicamente legitimadas, como a branca, a fim de questionar as posições de privilégio que constroem valores políticos, culturais e sociais para a branquidade. (SOVIK, 2009). Diante dessa realidade, este GT poderá contribuir para o conhecimento de diferentes práticas, pesquisas, projetos, ações, práticas de letramento, discursos que dialoguem e reivindiquem o reconhecimento da diversidade étnico-racial.

 

 

9) GÊNERO E SEXUALIDADE

Proponente(s): Joel Austin Windle

Instituição de origem: UFOP

 

Resumo

Acolhe trabalhos que reflitam como as práticas e representações sobre as sexualidades, os corpos e as relações de gênero são vivenciadas nos processos históricos, contingentes, estruturais e estruturantes. É considerado de especial interesse trabalhos que discutam as questões de diversidade sexual e de pluralidade de expressões de gênero nos processos de aprendizado, bem como aqueles que reflitam sobre suas implicações em termos de políticas públicas. O GT abre espaço para reflexão sobre as questões de interseccionalidade na construção de identidades e relações etnicorraciais, assim que sobre a multiplicidade das formas de opressão e de resistência.

 

 

11) PALAVRA, CORPO E ESPAÇO NA DIÁSPORA AFRICANA

Proponente(s): Ana Maria Martins Queiroz, Patrício Pereira Aves de Sousa e Alex Ratts

Instituição de origem: PPGEO/UFG / CEFET/RJ - PPGEO-UFRJ / PPGEO e PPGAS/UFG

 

Resumo

O GT pretende reunir resultados de reflexões que problematizam a palavra, o corpo e o espaço na diáspora africana como dimensões importantes para a compreensão do debate contemporâneo sobre as identidades etnicorraciais. Propomos que estas três dimensões, quando se interceptam e passam a constituir corporeidades, fundamentam grande parte dos supostos de criação do par que dá suporte à ideia de identidade: diferença e identificação. É com este enfoque que pretendemos incorporar reflexões que revelem a palavra (escrita, falada ou cantada) e a corporeidade como elementos basilares a que sujeitos negrxs recorrem para reclamar identidades, criar estratégias de continuidade histórica, desenvolver modos de usar e ocupar o espaço, a terra, a natureza compreendendo as dinâmicas ambientais e formular sistemas cosmológicos. Num universo amplo de questões possíveis de serem agregadas ao foco de debates deste GT, algumas das temáticas esperadas são: as trajetórias de intelectuais, militantes e artistas negrxs; os lugares festivos afro-brasileiros, as geografias sociais dos territórios quilombolas; as territorialidades urbanas e rurais de coletividades negras; as corporeidades afro-lgbt e as performances artísticas negras; a perspectiva interseccional entre raça, etnia, gênero e espaço e/ou entre racismo, sexismo e segregação. Esta proposta aglutina ideias discutidas em dois GTs organizados no III Pensando Áfricas que tratavam de territorialidades e de intelectuais, artistas e militantes negrxs.

 

 

12) HISTÓRIA DA ÁFRICA: ENSINO E PESQUISA

Proponente(s): Raissa Brescia dos Reis, Taciana Almeida Garrido Resende, Thiago Henrique Mota.

Instituição de origem: UFMG

 

Resumo

A proposta deste Grupo de Trabalho é de estabelecer diálogos entre pesquisadores dedicados ao estudo da História da África e/ou seu ensino no Brasil. A ideia é criar, garantir e perenizar espaços de troca e diálogo dedicados ao tema da presença dos africanos na construção da história como atores e autores. Por se tratar de um campo historiográfico ainda em formação no Brasil, cuja expansão encontra-se vinculada à lenta modificação das instituições de ensino superior e básico de todo o país, este simpósio possui propositalmente ampla receptividade de comunicações. Trata-se de iniciativa plural, que pretende incluir e cotejar trabalhos sobre diferentes recortes cronológicos e geográficos centrados na África, unindo esforços de pesquisadores que queiram compreender as culturas africanas em sua historicidade e complexidade. A dar unidade à discussão estaria apenas o tom que se deseja imprimir ao GT: a busca por histórias possíveis cujo ponto de partida seja o protagonismo e agência africanos. Assim, através do GT História da África: pesquisa e ensino, buscamos congregar pesquisadores engajados em diferentes perspectivas temáticas e teórico-metodológicas e os encorajamos a enviarem comunicações às discussões a serem realizadas. Almejamos, portanto, trazer à cena acadêmica debates cujo foco é a História africana, superando as perspectivas eurocêntricas no interior das ciências humanas brasileiras.

 

 

13) POSSIBILIDADES DE DIÁLOGOS SOBRE A TEMÁTICA INDÍGENA NA SALA DE AULA

Proponente(s): Paulo de Tássio Borges da Silva e Danielle Bastos Lopes 

Instituição de origem: UERJ

 

Resumo

No amadurecimento das questões étnico-raciais interseccionadas à educação, tem-se a demanda do trabalho acerca da temática indígena em escolas não indígenas. Neste caminho, é criada a Lei 11.645, promulgada em março de 2008, que insere no sistema educativo brasileiro a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-descendente e Indígena, reconhecendo a contribuição do aprendizado e saberes tradicionais destes povos na constituição da sociedade brasileira. Neste sentido, o GT se propõe a discutir os caminhos da Lei 11.645/2008, com destaque para experiências acerca da temática indígena em sala de aula. 

 

 

14) LITERATURAS NEGRO-DIASPÓRICAS: AS AUTORIAS NEGRAS

Proponente: Fernanda Felisberto da Silva e Ricardo “Riso” Silva Ramos de Souza

Instituição de origem: UFRRJ e CEFET/RJ

 

Resumo

O presente GT tem como objetivo acolher a polifonia da produção literária negro-diásporica, construindo um espaço de diálogo das diferentes experiências autorais negras. Temas como autoria, estética negra literária, cânone, autorias afro-latina-caribenha, afro-estadunidense, africanas entre outras intersecções que tensionam e problematizam os pensamentos hegemômicos do Atlântico Negro, (re)construindo e expondo propostas para romper com as estruturas impostas pelo colonizador no passado, pela colonialidade do poder e do saber no presente, essas escritas literárias assumem o desafio de buscar reformulações para a linguagem literária consagrada pelos cânones desses diferentes países africanos e da diáspora negra. Tanto nas narrativas quanto nas poéticas, esses agentes literários negros expressam o desejo de explorar para além dos limites da língua suas possibilidades através de enfrentamentos radicais com a linguagem. A partir de algumas lacunas da crítica acadêmica brasileira, este GT aceitará trabalhos que discutam a necessidade de um diálogo Sul-Sul ao trazer para o centro do debate as autorias negras com as suas tensões simbólicas e discursivas nos campos da história, sociedade, cultura, memória e identidade, reconfigurando representações literárias que estimulam outras perspectivas frente aos padrões cristalizados.

 

 

15) PIBIDS DE TEMÁTICAS AFRO E INDÍGENAS: EXPERIÊNCIAS E DESAFIOS

Proponente: Aparecida Coelho Anacleto; Carla Bretas Coelho; Maria Lúcia;  Anísia Souza (Supervisoras PIBID/UFOP)

Instituição de origem: UFOP

 

Resumo

Este GT tem como objetivo receber e discutir experiências formativas dos pibids (programas de iniciação à docência) que realizaram práticas pedagógicas relacionadas às temáticas africanas e da diáspora, bem como às experiências indígenas no Brasil. O Pibid é um programa da Capes que visa diminuir os números alarmantes de evasão de recém graduados em licenciaturas da carreira profissional de professor (a). De forma pioneira, o Neab/UFU teve um Pibid de História e Cultura Africana e afro-brasileira aprovado e desde então, ainda de forma tímida mas relevante, outros pibids vêm trazendo ou de forma pontual ou de forma totalmente orgânica aos subprojetos a problemática das relações étnico-raciais para dentro das salas de aula do país. Além de atender à maioria absoluta de alunado de descendência preta e parda presente na educação básica e pública,  estes pibids acabam por implementar nas escolas as alterações da LDB: Leis 10.639/03 e 11.645/08, que instituem respectivamente o ensino da história africana, afro-brasileira e indígena nas instituições de ensino. Estes pibids também promovem uma formação acadêmica fundamental para licenciandos que na maioria das vezes contam com currículos silenciados pelo racisno e por uma educação privilegiadamente eurocêntrica. Neste sentido,  este GT aceitará trabalhos que apresentem experiências de práticas de pibids de todo país que tenham realizado aulas, oficinas, vídeos,  eventos, iniciativas pedagógicas de forma geral nas temáticas indígenas e das africanidades, principalmente. Pibids que privilegiem gênero,  sexualidades,  educação do campo ou de assentamento entre outras temáticas de transformação social serão bem vindos também.

 

 

16) EXPERIÊNCIAS EDUCATIVAS RELACIONADAS À LEI 19.639/03 E 11.645/08: PROMOÇÃO DA IGUALDADE ÉTNICO-RACIAL NAS ESCOLAS

Proponente: Carmen Regina Teixeira Gonçalves

Instituição de origem: UFMG/UNIAFRO-UFOP

Este gt pretende acolher relatos de experiências em espaços educativos formais e não formais relacionados com as leis 10.639/03 e 11.645/08, alterações da LDB que visam implementar a cultura e história africana, afro-brasileira e indígena.  Interessa receber experiências advindas principalmente de atividades e projetos surgidos em programas como Uniafro, educação indígena e outros que promovam a educação das relações étnico-raciais em ambientes educacionais. Estes programas de formação inicial e continuada de professores estão presentes nas Universidades em forma de extensão e pós-graduação e são geralmente liderados pelos neabs e seus correlatos presentes nas IES. Será uma excelente ocasião para ver o alcance, as vitórias e os desafios que permanecem dessas políticas nas escolas. 

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